As crianças de alguns grupos do Lar “Kinder- und Jugendhilfe St. Mauritz”, de Münster, construíram um presépio, sob a orientação de Irmã Hannelore Petri e a pedagoga de designer, Sra. Eva-Louise Nasshan. As crianças chamaram este presépio de ‘uma oca para Jesus’.
Sobretudo no último ano, mas também em nossos dias ainda, muitas pessoas estão a caminho, na condição de refugiadas, à busca de proteção e abrigo no desconhecido, no exterior. Não dispõem de um alojamento definitivo, pernoitam em barracas, levam consigo apenas o extremamente necessário. Diariamente os meios de comunicação trazem notícias a este respeito; os jovens e as crianças ficam sensibilizados com o que enxergam e ouvem. A partir disto surgiu a ideia de não construir, para a Sagrada Família, um estábulo permanente e seguro. Pelo contrário, também ela deveria receber apenas uma pátria provisória, assim como é o caso dos índios, com suas ocas.
A ideia havia nascido: As crianças se puseram a trabalhar, a fim de construir uma oca com galhos e pedaços de madeira, entrelaçados com tiras de pano. Os personagens foram feitos com papel machê; suas vestes foram costuradas a partir de materiais naturais. Este presépio deveria tornar-se ‘uma oca para Jesus’.
As figuras deste presépio já haviam sido feitas há alguns anos por crianças e colaboradores do Lar que acompanham crianças em situação de crise. A partir do tamanho das personagens existentes, as crianças construíram a oca (com os materiais acima citados) e uma paisagem ao seu redor.
Muitas crianças, com idade entre quatro e 12 anos, participaram deste trabalho. Algumas juntaram o material necessário, outras cortaram o pano; outras teceram e entrelaçaram estas tiras na estrutura da oca.
Também a paisagem em torno da oca foi feita com a ajuda das crianças: caminhos com pedaços de pano, disposição das personagens nos seus devidos lugares... As crianças tiveram o cuidado de não colocar as figuras desde o início na oca, mas no caminho. Assim, a Sagrada Família, os reis magos, bem como os pastores e seus animais foram sendo movimentados até alcançarem a oca, o que ocorreu um pouco antes do Natal. Desta forma, num verdadeiro trabalho conjunto durante todo o Advento, este presépio foi crescendo e sendo constantemente transformado, o que contribuiu para que se tornasse um presépio vivo.
Neste ano este presépio está exposto e pode ser admirado no Museu Westfaliano para Cultura Religiosa, em Telgte (Westfälischen Museum für religiöse Kultur GmbH, Telgte, ’RELiGIO‘).